sexta-feira, abril 16, 2004

Ainda Sarajevo.

Foi lá que descobri o trabalho do pintor Mersad Berber. A sua pintura é como o seu país. Na superfície dos seus quadros, tudo se acumula, tradição clássica e modernidade, ocidente e oriente. Por isso, talvez, aquela textura. Para ver ou rever o seu trabalho, vá aqui ou aqui. Não é muito longe.

quarta-feira, abril 14, 2004

Ainda Saramago.

Aconteceu-me pela primeira vez com a leitura de "Todos os nomes". Voltei, ao ler este seu último livro, a ficar com a mesma e estranha impressão. Vou tentar passa-la a escrito.

segunda-feira, abril 12, 2004

Leituras.

Acabo de ler o "Ensaio sobre a Lucidez" de José Saramago. Estranhei a forma como o livro foi apresentado, muito pateta e pretenciosa, para utilizar não um mas dois eufemismos. Mas entranhei o livro, que é feito, na minha não qualificada opinião, de trechos de prosa, aqui e ali verdadeiramente magistral. A "ideia" do livro (para empregar as palavras do autor), do voto em branco generalizado, é banal e recorrente e mostra, uma vez mais, que a literatura se faz não importa com que assunto e matéria. No entanto, para alegoria que manifestamente pretende ser - neste caso, a da falência do sistema democrático - falta ao livro a representação, figurativa e/ou especulativa, de uma possibilidade, de uma alternativa, que não tem nem apresenta, ou, pelo menos, o meu olhar cansado, entorpecido e pouco vigilante não alcançou (ou admito, não quis alcançar). Fora do livro, a crítica - não a alternativa - ao sistema democrático pode ser encontrada nas várias entrevistas em que Saramago se desdobrou nos dias que rodearam o lançamento, por exemplo, aqui, aqui e aqui. É minha opinião que esta sua crítica é mais grave do que o problema que pretende denunciar mas não resolver.
Os livros também pertencem a quem os lê.

segunda-feira, abril 05, 2004

Para chorar a rir e chorar por mais.

"A peça continua assim?" de José Carlos Dias, sequela natural de uma outra que deu pelo nome de "A peça chama-se assim?", está já em cena na Guilherme Cossoul. Sim, estou a falar outra vez do grupo de teatro amador altaCena, que já é também um grupo de amigos. Duas vezes a vi. Entre os muitos sketchs, há três ou quatro raros momentos que levam o melhor da nossa longa tradição satírica ao espelho, à frente do qual nos rimos, com vontade, de nós próprios.
Entre tanta e tanta gente que vive o que faz, não sou capaz de não refererir de forma muito especial o trabalho de Ana Gil, Pedro Lobo e Paulo Azevedo, três belísssimas interpretações. A todos, muito obrigado.
Todas as sextas-feiras e sábados, às 23h00, na Cossoul, na D. Carlos I.

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